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AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA

AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA

Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os "falangeiros" dos Orixás

que são entidades evoluídas espiritualmente que veem trabalhar nas giras

de Umbanda.

Falanges: São agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma

vibração.

São elas: Pretos velhos, caboclos, exus, crianças, boiadeiros, ciganos,

marinheiros, orientais e mestres que trabalham na cura.

1.OS CABOCLOS

São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que

trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a

amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão

principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é

através da fé que tudo se consegue.

Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e

chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia

positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia de força

que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não

existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não

é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso

espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.

A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre

positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário,

a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que

infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas

estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito,

se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as

pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas

que sabemos nunca são atendidas.

Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta

tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse

caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende

ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.

Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua

simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram,

seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte

magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas

limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a

frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda.

Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, ( giz de várias cores

imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências,

flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto

encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o

trabalho.

Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos

algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com

mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de

comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual,

isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para

o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que

a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da

fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza,

são os chamados passes de Umbanda.

Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois

seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de

conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com

tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos.

2. OS PRETOS VELHOS

São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como

escravos e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da

humildade. Seus trabalhos são de ajuda aqueles que estão em dificuldade

material ou emocional, sendo que, o seu trabalho se desenvolve mas para o

lado emocional e físico, das pessoas que os procuram, sendo chamados,

carinhosamente de psicólogos dos aflitos.

Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes, fazem

deles as entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e

Vovós da Umbanda.

Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para

rezar pessoas doentes e crianças que estão com mal olhado, suas rezas são

conhecidas como poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são

depositados elementos de magia e que os consulentes usam no corpo para

proteção.

Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para

limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo

o passe e limpando a aura de larvas astrais e energias negativas.

3. OS BOIADEIROS

São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em

fazendas pôr todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que

os Caboclos nas giras, sessões de incorporação na Umbanda.

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida

simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e

passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a

força e a vontade de conquistar, fazendo assim que consigamos uma vida

melhor e farta.

Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos

os fins.

4. AS CRIANÇAS

Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade,

dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e

conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em

qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de

família e gravidez.

5. OS MARINHEIROS

A Linha dos Marinheiros da Umbanda engloba espíritos que trabalham no

auxílio a encarnados e desencarnados, a partir do seu magnetismo aquático

e de seus conhecimentos sobre a manipulação do Mistério das Águas.

Nela se apresentam espíritos que em últimas encarnações foram

marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, povos ribeirinhos,

canoeiros, ex-piratas etc.

É o arquétipo do homem litorâneo, daquele que sobrevive do mar e dos

rios. A Linha dos Marinheiros tem a Regência direta dos Orixás Yemanjá e

Omolu. Yemanjá rege “a parte de cima” do mar e Omolu rege “a parte de

baixo”.

Yemanjá rege o mar (“calunga grande”) e dá sustentação e amparo aos

espíritos que nele viveram de forma positiva, extraindo de suas águas

recursos para alimentar vidas. Omolu rege a terra (“calunga pequena”) e

sustenta o eterno vai-e-vem das águas. Mas também atrai para os seus

domínios os espíritos que se utilizaram do mar de forma negativa,

alimentando apenas seus instintos inferiores.

Esta Linha de Trabalho é também chamada de “Povos da Água” e está

relacionada a outras Mães das Águas: Oxum (águas doces), Nanã (lagos e

lagoas), Yansã (água da chuva), Oyá-Tempo (água do sereno). Mas sua

principal Regente é Yemanjá.

Os Marinheiros trabalham ainda sob influência das Forças Naturais que

enfrentam no mar, tais como: as calmarias (Mistério de Oxalá); os raios

(Mistério de Xangô); os tufões (Mistério de Yansã); os ciclones (Mistério de

Oyá-Tempo); os bancos de areia (Mistério de Omolu); os recifes de corais

(Mistério de Obá); os sargaços (Mistério de Oxóssi); as correntes marinhas

(Mistério de Ogum).

Para lidar com essas energias, os Marinheiros precisam do conhecimento e

da licença dos Orixás Regentes. Portanto, ser um Marinheiro de Umbanda

requer “preparo”!...

Nos Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz uma alegria contagiante.

Abraçam a todos, brincam com um jeito maroto, gingando pra lá e pra cá,

PARECENDO embriagados. Mas NÃO estão embriagados, como se poderia

pensar. É o seu magnetismo aquático que os faz ficar “balançando”. Cada

elemento tem o seu magnetismo. E os espíritos que se manifestam naquela

Irradiação têm magnetismo idêntico.

O que faz o mar ondular é o magnetismo característico de Mãe Yemanjá,

Regente Divina dessas águas e da Linha dos Marinheiros. Logo, os

Marinheiros têm esse magnetismo “ondulante”.

Nas Giras de desenvolvimento o magnetismo dos Marinheiros é um potente

equilibrador emocional do médium, colaborando de forma essencial no

processo.

A Linha atua preferencialmente na diluição de cargas trevosas e em

trabalhos voltados para a cura emocional do consulente, muitas vezes com

a ajuda de seres Elementais da Água que são atraídos com tal propósito.

O contato com esses seres realiza uma potente limpeza em nosso campo

magnético, uma verdadeira “explosão” de energia equilibradora.

Nomes simbólicos: Martim Pescador, Marinheiro das Sete Praias, João das

Sete Ondas, Capitão dos Mares, Marujo Pedro, João da Praia, Zé do Mar, Zé

Pescador, João da Marina, Zé da Maré, Antonio das Águas, Zé da Jangada,

Seu Antenor, Seu Jangadeiro, João Canoeiro, Zé dos Remos, João do Rio,

Seu Luiz, etc.

6. OS EXUS

São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa

dos seus médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para

resolver os problemas da vida sentimental e material.

Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais

em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao

seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes ,

principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certamente o farão.

Os Exús nas sete linhas de Umbanda:

Linha de Ogum: Exu Tranca Ruas das Almas, Exu tranca Ruas de Embaré,

Exu Tranca Ruas das Sete Encruzilhadas, Exu Veludo, Exu Sete

Encruzilhadas, Exu sete Facas, Exu da Mangueira e outros.

Linha de Oxossi: Exu Marabô, Exu Tronqueira, Exu Mangueira e outros.

Linha de Xangô : Exu Marabô Toquinho, Exu Labareda, Exu do Lodo, Exu

Pedra Negra e outros.

Linha de Yorimá : Exu Caveira, Exu Tata Caveira, Exu 7 covas, Exu

Bananeira, Exu Mulambo, Exu 7 porteira e outros.

Linha de Oxalá : Exu Tiriri, Exu Gira Mundo, Exu Sete Encruzilhadas e

outros.

Linha de Yemanja : Todas as Pombagiras.

Linha de Yori : Todos os Exus mirins.

Para um melhor entendimento passarei agora as sete linhas de trabalho da

Umbanda:

Linha de Oxalá: Esta linha é regida por Jesus Cristo e representa o princípio

da criação, a luz divina que coordena todas as outras. Os guias principais

desta linha são : Caboclo Urubatão de Guia, Caboclo Ubirajara, Caboclo

Aymoré, Caboclo Guaracy, Caboclo Guarany e Caboclo Tupy. Estes guias

são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a

esta linha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca, Caboclo

Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio,

Caboclo Gira Sol e outros. O astro que rege esta linha é o Sol e tem como

guardião o anjo Gabriel.

Linha de Yemanja: Esta linha é regida pôr Nossa Senhora da Glória como

principal mais tem também Nossa Senhora da Conceição, que é sincretizada

com Oxúm, representa a Divina Mãe, a energia feminina e da natureza da

água, a gestação e a fecundação. Os guias principais desta linha são :

Cabocla Yara, Cabocla indayá, Cabocla Estrela do mar, Cabocla Nanã,

Cabocla Sereia do Mar, Cabocla Oxúm, Cabocla Iansã. Outros guias que

trabalham nesta linha são: Cabocla Jandira, Cabocla Iracema, Cabocla

Jupira, Cabocla Jacira, Cabocla da Praia, Cabocla Juçanã, Cabocla Sete

Ondas, Cabocla Estrela Dalva e outras.

O astro que rege esta linha é a Lua e tem como guardião o anjo Rafael.

Linha de Xangô: Esta linha é regida por São Jerônimo como principal, mais,

São João Batista, São Pedro e São Paulo, também regem esta linha como

sincretismo de Xangô Kaô e Agodô ou Aganjú. Representa a Justiça Divina,

a lei Kármica, é o dirigente das almas, o senhor da balança Universal que

afere o nosso estado espiritual. Os guias principais desta linha são : Xangô

Kaô, Caboclo Sete Montanhas, Caboclo Sete Pedreiras, Xangô da Pedra

Preta, Xangô da Pedra Branca, Caboclo Sete Cachoeiras e Xangô Agodô.

Outros guias que trabalham nesta linha são: Caboclo Cachoeira, Caboclo

Junco Verde, Caboclo Gira Mundo, Caboclo Cachoeirinha, Caboclo Sumaré,

Caboclo Rompe Montanha, Caboclo Ventania, Caboclo Rompe Serra e

outros. O astro que rege esta linha é Júpiter e tem como guardião o anjo

Miguel.

Linha de Ogum: Esta linha é regida pôr São Jorge representa o fogo da

Salvação, a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas. Os

guias principais desta linha são : Ogum de Lei, Ogum Yara, Ogum Megê,

Ogum Rompe Mato, Ogum de malê, Ogum Beira Mar, Ogum Matinada.

Outras entidades conhecidas que trabalham nesta linha são: Ogum Sete

Espadas, Ogum Sete Lanças, Ogum Sete Escudos, Caboclo Timbiri, Caboclo

Tira Teima, Caboclo Humaitá, Caboclo Rompe Mato, Caboclo Araguarí e

outros. O astro que rege esta linha é Marte e tem como guardião o anjo

Samuel. Nesta linha também trabalham os Exus de Umbanda.

Linha de Oxossi: Esta linha é regida pôr São Sebastião, representa o

Caçador das Almas, o mestre que ensina a doutrina e pratica a catequese

dos filhos que o procuram. Os guias principais desta linha são : Caboclo

Arranca Toco, Cabocla Jurema, Caboclo Araribóia, Caboclo Guiné, Caboclo

Arruda, Caboclo Pena Branca e Caboclo Cobra Coral. Outras entidades que

trabalham nesta linha são : Caboclo Pena Azul, Caboclo Pena Verde,

Caboclo Pena Dourada, Caboclo Tupinambá, Caboclo Tabajara, Caboclo Sete

Flechas, Caboclo Tupiára, Caboclo Tupiaçú, Caboclo Mata Virgem, Caboclo

Rei da Mata, Caboclo Pery, Caboclo Rompe Folha, Caboclo Paraguassu,

Caboclo Arerê, Caboclo Coqueiro, Caboclo Sete Palmeiras, Caboclo Juremá,

Caboclo Folha Verde e outros. O astro que corresponde a esta linha é Vênus

e o guardião é o anjo Ismael.

Linha de Yori: Esta linha é regida pôr São Cosme e São Damião, é a linha

da Ibejada que são as crianças, representa a alegria, a luz da

espiritualidade, a ingenuidade e lealdade infantil. Os guias principais desta

linha são: Tupanzinho, Ori, Yariri, Doum, Yari, Damião e Cosme. Outros

guias que trabalham neta linha são : Crispim, Crispiniano, Mariazinha,

Zequinha, Chiquinho, Luizinho, Joãozinho, Paulinho, Luizinha, Ana Maria,

Joaninha e outros. O astro que corresponde a esta linha é Mercúrio, e o

guardião é o anjo Yoriel.

Linha de Yorimá: Esta linha é regida por São Lázaro e São Roque

respectivamente sincretizados com Obaluaê e Omolú, é a linha dos pretos

velho ou linha das almas, representa a palavra da lei, a linha das magias.

É composta pelos espíritos que tem a missão de combater o mal e todas as

suas manifestações. São os Senhores da Magia. Os guias principais desta

linha são : Pai Guiné, Pai Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Maria

Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim.

Outras entidades que trabalham nesta linha são : Pai João, Pai Jacob, Vovó

Ana, Vovó Cambina, Pai Cipriano, Pai Simplício, Tia Chica, Pai Chico, Pai

Miguel, Vovó Catarina, Pai Congo do Mar, Pai Mané, Pai Antônio, Pai Congo,

Pai Moçambique, Pai Zé, Pai Fabrício, Pai Jovino, Pai Tomás, Vovó Luiza e

outros. O astro que corresponde a esta linha é Saturno e o guardião é o

anjo Iramael.

Estas são as Sete Linhas de Umbanda e seus guias principais, existem

outros guias que não foram citados, mais não dá para falar todos os nomes

das entidades que trabalham nas giras da nossa querida Umbanda.

OS TRABALHOS DESENVOLVIDOS NA UMBANDA

A Umbanda trabalha com sessões públicas, onde os espíritos guias

incorporam em médiuns preparados e através da palavra de amor ajudam a

todos que os procuram.

Trabalha também com a magia para desfazer encantos maléficos e para

limpar a aura dos que precisam.

Todos os trabalhos desenvolvidos na UMBANDA são executados pôr

entidades guias como caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros e exus,

que são espíritos em evolução mais próximos a nós do plano terrestre e

guias orientais que trabalham na cura de males físicos e espirituais.

AS CORES E ELEMENTOS DE CADA ORIXÁ NA UMBANDA

OGUM - A cor é vermelho e branco, predominando o vermelho, sua erva é

folha de arueira, mangueira, espada de são jorge, seu símbolo é a espada,

sua saudação é ogunhê patacurí ogum, sua guia é de cristal em contas

vermelhas e brancas com firma vermelha, sua pedra é a ágata de fogo,

rubí, sárdio e garnet, sua essência é violeta, seu metal é o ferro, seu

número é o três, sua comida preferida é inhame acará assado com palitos

de dendezeiro, ele come também feijão preto cozido com camarão seco

dendê e cebola, feijoada, inhame cozido com mel, sua bebida é o vinho de

palma ou vinho tinto ou cerveja branca, sua fruta é manga espada, seu dia

é terça-feira, é sincretizado com São Jorge.

OXOSSI - A cor é verde, vermelha e branca predominando o verde, sua

erva é folha de guiné, peregum, mangueira, seu símbolo é o arco e a flecha,

sua saudação é okearô oxossi coquê maió, sua guia é de cristal verde,

vermelha e branca com firma branca, sua pedra é jasper verde, quartzo

verde, esmeralda, sua essência é eucalipto, sândalo, seu metal é o latão

branco, seu número é o cinco, sua comida é o axoxô, milho de galinha

cozido com coco e mel, sua bebida é o vinho rosado ou tinto, sua fruta é

cajá, maracujá, mamão, seu dia é quinta-feira, é sincretizado com São

Sebastião.

XANGÔ - Sua cor é o marrom e o Roxo, sua erva é elevante, abre caminho,

manjericão, seu símbolo é a machada e o raio que ele divide com iansã, sua

saudação é kaô kabecilê, sua guia é de contas de cristal marrom, sua pedra

é topázio e citrino, sua essência é de morango, seu metal é o bronze e o

cobre, seu número é o seis, sua comida é o amalá, quiabos cortados em

rodelas pequenas refogado com dendê, cebola e camarão seco com 7 ou 9

quiabos inteiros formando a sua coroa ou quiabos contados em cruz

amassados com mel, o ajebó, sua bebida é cerveja preta, sua fruta é caquí,

manga rosa, mamão, cajá manga, seu dia é quarta-feira, é sincretizado

com são Jerônimo e são João Batista.

OXALÁ - Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o

opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação

é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca,

sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal

é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua

comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de

coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pera, uva

verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo.

EXÚ - Sua cor é o vermelho e preto, sua erva é folha da fortuna, seu

símbolo é o tridente, sua saudação é laroiê cobaralô exú mojubá ê, sua guia

é vermelha e preta de louça ou cristal, sua pedra é a ágata de fogo ou

ágata vermelha, sua essência é cedro ou verbena, seu metal é o ferro que

ele divide com ogum e o mercúrio, seu número é o sete, sua comida é o

padê de exú, farinha de mesa ou fubá misturados com dendê ou cachaça

em um alguidar, sua bebida é a cachaça ou bebidas fortes, sua fruta é cajá

e amêndoa, seu dia é segunda-feira, têm como guardião Santo Antônio.

OBALUAÊ - Sua cor é o preto e branco, sua erva é canela de velho, guiné,

seu símbolo é o brajá de búzios, xaxará, instrumento de obaluaê como um

chocalho, sua saudação é atotô ajoberu, sua guia é de contas pretas e

brancas de louça, sua pedra é a turmalina negra e ônix, sua essência é de

cravo e canela, seu metal é o bronze, seu número é o 21 e o 9, sua comida

é o doburu milho de pipoca estourados na areia da praia, sua bebida é o

vinho de palma e o aluá de obaluaê ou vinho moscatel, sua fruta é fruta do

conde, abacaxi, seu dia é segunda-feira, é sincretizado com São Lázaro ou

São Roque.

OXÚM - Sua cor é o azul e branco, sua erva é folha de colônia, oriri e lírios,

seu símbolo é o espelho e o coração, sua saudação é oraieieô, sua guia é de

contas azuis e brancas de cristal com firma azul, sua pedra é a sodalita e a

pirita, sua essência é angélica, seu metal é o ouro amarelo, seu número é o

6 e o 8, sua comida é o omolocum, feijão fradinho cozido refogado com

dendê camarão seco e cebola, sua bebida é o aluá de oxum, sua fruta é

melão, uva verde, seu dia é sábado, é sincretizado com Nossa Senhora da

Conceição.

IANSÃ - Sua cor é o amarelo ou coral, sua erva é espada de iansã ou para

raio, seu símbolo é o raio, sua saudação é eparei oyá, sua guia é de contas

amarelas de louça ou cristal, sua pedra é o quartzo rosa, sua essência é

benjoim, seu metal é o bronze e o cobre, seu número é o 7 e o 9, sua

comida é acarajé feito com feijão fradinho descascado e moído misturado

com cebola e camarão seco e fritos no dendê, mel ou azeite doce, sua

bebida é o aluá de iansã, sua fruta é a manga rosa, seu dia é quarta-feira, é

sincretizada com Santa Bárbara.

YEMANJÁ - Sua cor é o branco cristal, sua erva é santa luzia , rama de leite

e colônia, seu símbolo é o peixe e a estrela de cinco pontas, sua saudação é

odoiá eruiá yemonjá, sua guia é de cristal, sua pedra é a pérola e a

turquesa, sua essência é de jasmim, seu metal é a prata e o ouro branco,

seu número é o 10, o 7 e o 12, sua comida é o peixe assado ou cozido com

azeite doce camarão seco e cebola ou a canjica cozida com mel e maçã em

rodelas, sua bebida é o aluá de yemanjá, sua fruta é a maçã, pera e uvas

verdes, seu dia é sábado, é sincretizada com Nossa Senhora da Glória.

NANÃ - Sua cor é o violeta ou roxo, sua erva é o manjericão da folha roxa,

folha de limão, seu símbolo é o ibiri que ela traz na mão para afastar a

morte, sua saudação é saluba nanã boruquê, sua guia é de contas de cristal

roxa, sua pedra é a ametista, sua essência é de limão, seu metal é o

estanho e o bronze, seu número é o 7 e o 21, sua comida é feijão preto

cozido com folha de taioba cebola e camarão seco, repolho roxo cozido com

arroz cebola e camarão seco, sua bebida é o aluá de nanã, sua fruta é o

limão e a laranja, seu dia é sábado, é sincretizada com Santana.

OS SACRAMENTOS DA UMBANDA

A Umbanda trabalha com alguns sacramentos que são parecidos com os da

Igreja Católica, que são: casamento, funeral e batismo.

O casamento é realizado pelo guia chefe da casa ou pelo sacerdote

responsável pelo centro, e não pertence só aos médiuns da casa, qualquer

um que deseje casar-se na Umbanda pode pedir este sacramento.

O funeral é realizado pelo sacerdote do terreiro e sofre alterações de acordo

com a condição do morto, se é iniciado na Umbanda ou não.

O batismo é realizado sempre pelo guia chefe do terreiro e pode ser para

crianças ou adultos e também não se restringe apenas aos médiuns da

casa.

Os outros sacramentos da Umbanda são referentes aos graus de iniciação

dos médiuns da casa, são eles:

•Amaci: ritual de lavagem da cabeça do médium, já desenvolvido, com

ervas e outros elementos rituais, que consiste na preparação da vibração

deste médium para incorpora o seu guia protetor de umbanda, que se

manifestará no ritual e dirá qual o trabalho que aquele médium irá

desenvolver na umbanda.

•Confirmação: ritual para médiuns que completam 21 anos de idade carnal,

e já pertencem a umbanda e possuem o amaci.

•Deitadas: ritual em que o médium da casa é recolhido com oferendas para

o seu orixá e exús para fortalecer a sua mediunidade.

•Feitura: ritual de iniciação na umbanda que consiste em vários rituais de

limpeza e em um recolhimento, que pode variar de 3 a 7 dias, de acordo

com o orixá da pessoa, e saída do orixá principal e do guia protetor do

médium.

•Coroação: para médiuns já com feitura e que possuem a missão de se

tornarem zeladores de umbanda.

Todos estes rituais são realizados pelo zelador do terreiro acompanhado

pelo pai pequeno da casa.

Apresentação das Entidades:

"Forma e apresentação dos Espíritos na Umbanda"

Ao penetrarmos neste assunto, sabemos, de antemão, que vamos

contrariar uma grande parte do movimento umbandista, ainda aferrada a

antigas visões, porém, nosso objetivo é separar o joio do trigo, pela

estranha confusão que o fanatismo, irmão do feiticismo, faz das Formas ou

Roupagens Fluídicas que os Orixás, Guias e Protetores usam nosso

movimento UMBANDISTA.

Não devemos, em absoluto, aceitar as descrições fantásticas que

"videntes", intoxicados de animismo, fazem de supostas entidades Alguns

veem Oguns Japoneses, Mongóis, Tibetanos e até Romanos, de couraças,

espadas ou cimitarras flamejantes, quando não é um "Xangô" chinês, na

aparência de um velho mandarim...Outras vezes, afirmam que Oxossi é um

jovem hindu ou italiano, de cabelos semicompridos, com um manto púrpura

ou um homem de cor morena-jambo, com uma faixa na cinta e três flechas

enfiadas no corpo, tal e qual o modelo fabricado pelos fabricantes de santo.

A umbanda é a Lei regida por princípios e regras em harmonia que não

podemos alterar pela simples vontade; todos os que conscientemente,

tentaram alterá-la, sofreram diferentes dissabores.

Repetimos e afirmamos: a Umbanda é o movimento do Círculo Inicial do

Triângulo e este, é o Ternário ou a Tríade, que exterioriza suas vibrações

através das Três Formas ordenadas pela Lei, que são místicas pois

simbolizam:

A pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição;

A simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo e da ostentação;

A humildade, que encerra os Princípios do amor, do sacrifício, e da

paciência, ou seja, a negação do poder temporal...

As três formas que simbolizam estas virtudes são as de Crianças, Caboclos

e Pretos-Velhos, que ainda traduzem: o Princípio ou Nascer, o Meio ou a

Plenitude da Força e a Velhice ou o Descanso, isto é a consciência em

calma, o abandono das coisas materiais...o esquecimento do ilusório para o

começo da realidade.

No entanto, o Espírito, o nosso eu Real, jamais revelou, nem revelará, a sua

verdadeira essência e "forma", compreenda-se bem, sua "forma-essencial".

Ele externa sua consciência, seu livre arbítrio, por sua alma, pelo corpo

mental, que engendra os elementos para a formação do denominado Corpo

Astral ou Perispírito, que é uma "forma durável", fixa, podemos dizer.

Tentaremos então explicar, que o espírito não tem Pátria, porém, conserva

em si ou forma a sua alma pelos caracteres psíquicos de vários

renascimentos, em diferentes Pátrias.No entretanto, o conjunto desses

caracteres psíquicos experimentais contribui para formar a sua

personalidade moral e mental, influindo decisivamente na "forma" de seu

corpo astral e mesmo na física quando encarnado.

Poderá, pelo resgate, elevar-se ou evoluir tanto, espiritualmente, que sua

imediata condição estando de tal forma purificada, anula completamente os

caracteres pessoais de sua última encarnação, e o seu corpo astral pode

tomar uma "forma etérica" que apaga, em aparência, aquela que

caracterizou esta passagem pelo "mundo da forma humana".

Assim, devemos concluir que existe maior quantidade de formas astrais

feias, baixas, de aspectos brutais, reveladoras do atraso mental de seus

ocupantes espirituais, do que formas belas que expressam a LUZ, a

consciência evolutiva.

Os ocupantes das formas que revelam um Karma limpo, uma iluminação

interior, é que são chamados a cumprir missão na Lei de Umbanda e por

seus conhecimentos e afinidades, são ordenados em uma das Três Formas

já citadas... velando assim suas próprias vestimentas karmânicas.

Esta metamorfose é comum aos que tomam a função de Orixás ou Guias

que assim procedem, escolhendo por afinidade uma dessas formas em que

muito sofreram e evoluíram numa encarnação passada.

Para os que estão classificados como Protetores, em quase maioria, não se

faz necessário essa transformação, porque conservam ainda uma das três

formas em seus corpos astrais, quais sejam: CABOCLOS,CRIANÇAS e

PRETOS- VELHOS.

Saibam todos que tudo isso não é mera concepção; obedece a lógica, ao

estudo e a experiência, verificadas em centenas de aparelhos (médiuns),

através das respostas de suas entidades sobre o assunto.

Senão, vejamos na mais simples e clara das provas: perguntem, através de

um bom aparelho(médium) que não seja do qualificado de "consciente" a

qualquer Guia, quer de Xangô, Ogum, Orixalá, Yemanjá, etc, se ele é

japonês, chinês, inglês ou italiano...

Na certa responderá que não, pois, no momento, está ordenado por uma

dessas vibrações ou linhas, e dirá por exemplo: sou um ogum, orixá e

caboclo ou dirá, Caboclo X da Falange de Ogum Yara, Ogum Megê ou Ogum

de Lei, etc...

Se forem entidades que se apresentam como Crianças, responderão por

exemplo: sou Yariri, orixá da vibração ou linha de Yori, ou então, sou "X" da

falange de Yariri, Doum ou Ori, etc.Perguntem, ainda, a um que se

apresente como Preto-Velho, e ele dirá que é Pai "X", por afinidade, um

Congo, um Angola, um Cambinda, etc. Da Vibração de Yorimá, ou da

Falange de um Pai-Arruda, Pai-Guiné, Pai-Tomé que são orixás, isto é,

chefiam Legião ou Falange.

Como poderão compreender, tudo gira e se expressa nas Três Formas, ou

seja, na Tríade, que, por analogia, é o reflexo da Trilogia Sagrada, o

Ternário Humano, sintetizado na Unidade que é a manifestação de DEUS.

"O número três reina por toda parte no Universo" disse ZOROASTRO, e este

Universo é Tríplice em suas três esferas concêntricas; o Mundo Natural, o

Mundo Humano, e o Mundo Divino. Até no homem são três as partes que o

formam: Corpo, Alma, Espírito. Porque foi da combinação de Três Forças

Primordiais (Espírito, Alma, Matéria) que surgiu a forma dos seres que

povoam os Universos dentro do Cosmo, limitado e ilimitado em si mesmo.

Ainda é a força sagrada do número três que forma os cultos trinitários.

Exemplos: na Índia com BRAHMA, VISNU e SHIVA; a própria unidade do

cristianismo com o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO; no EGITO é OSÍRIS,

ÍRIS e HóROS; na CHINA, é BRAHMA, SHIVA e BUDA; na PÉRSIA de

ZOROASTRO, era OZMUD, ARIHMAN e MITRA; na primitiva GERMÂNIA, era

VOTAM, FRIGA e DINAR; os ORFÍCOS, na Grécia, apelidavam de ZEUS,

DEMÉTER e DIONISIUS; na antiga CANAAM era BAAL, ASTARTÈ e ADONIS

ECHEMUN...e os CABIRAS, povos de inconcebível Antigüidade, regiam seus

mistérios de forma trinitária, com EA (pai), ISTAR (mãe) e TAMUZ (filho) e

por fim vamos chegar à Umbanda com IAMBY(ZAMBY) YEMANJÁ e ORIXALÁ

(ou OXALÁ).

Citamos tudo isso, para que possa conceber, com provas comparadas, que

as formas na Umbanda de Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, obedecem a

uma Lei. Não é simples imaginação de A ou B. Segue o mistério do número

três...é a confirmação de uma trilogia religiosa.

Quando à chamada apresentação desses Espíritos, cremos ter ficado

patente que o fazem sempre e invariavelmente dentro dessas três

roupagens fluídicas como Orixás, Guias e grande percentagem dos que

chamamos de Protetores, porque, parte destes, não necessita dessa

adaptação, por já conservarem como próprias.

Nesta altura, faz-se necessário uma elucidação: sabemos, pelos

ensinamentos dos Orixás, que essa Lei, essa Umbanda, é vivente em outros

países, talvez não definida ainda com este nome, porém, os princípios e

regras serão os mesmos. Quanto às "formas" são ou poderão ser as três

que simbolizem, nestes países, os mesmos qualificativos que os nossos, ou

sejam os mesmos no Brasil(Pureza,Simplicidade e Humildade).

Agora por suas apresentações nos aparelhos (médium) devemos

compreender como:características tríplices das manifestações chamadas

incorporativas, que se externam:

Pelas flexões fisionômicas, vocais e psíquicas;

Pelo ponto cantado ou prece;

Pelos sinais riscados, ou pontos de pemba;

E essas características, salvo situações especiais, são inalteráveis em

qualquer aparelhos, cujo Dom real o qualifique como

Inconsciente(totalmente dirigido) ou Semi-Inconsciente (parcialmente

dirigido).

Então vamos passar a identificar, de um modo geral, os sinais exteriores, os

fluídos atuantes e as tendências principais dos Orixás, Guias e Protetores,

através de suas "máquinas transmissoras" pelas Vibrações ou Linhas, em

número de SETE:

LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ - Estas Entidades usam roupagem de

Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no

grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo

imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando

pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros,

com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se

comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela

narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o

controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo.

Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação,

conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi

levantada...

Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo,

dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de

cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes,

senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno

"peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira

"agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com

"encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela

entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação",

vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena"

divertidos e irônicos).

Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a

mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral.

Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de

grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz.

As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam,

consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre

auxiliares.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE YEMANJÁ - Fazem sentir seus fluídos de ligação

pela cabeça, braços e joelhos. Balançam o corpo do aparelho (médium)

suavemente, levantando os braços em sentido horizontal, flexionando e

tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax, pela elevação respiratória

e balançando a cabeça, tomam o controle do médium. Não dão gemidos

lancinantes nem fazem corrupios com um copo de água seguro pelas mãos

no alto da cabeça como se estivessem em exibição circense.

Gostam, isso sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando

vibrações, porém serenos sem encenações. Suas preces cantadas ou

"pontos" tem o ritmo triste, falam sempre no mar e em Orixás de sua linha.

Seus pontos riscados são de contornos longos e dão a Flecha, a Chave e a

Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORI - Essas entidades, altamente evoluídas,

externam pela máquina física, maneiras e vozes infantis, mas de modo

sereno, às vezes apenas um pouco vivas. Nunca essas ridicularias, onde

certos "cavalos", usando e abusando do chamado Dom "consciente",

expelem seus subconscientes atulhados de supertições e vícios de origens,

com gritos e " representações fúteis."

Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam

rapidamente o aparelho pelo mental.

Gostam quando no plano de Protetores, de sentar no chão e comer coisas

doces, mas sem desmandos.

Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas provações

que ainda temos que passar, se insistirmos nisso. Tornamos a lembrar, isso,

apenas se estiverem em aparelhos (médiuns) de excelente grau mediúnico.

Suas preces cantadas falam muito em Papai e Mamãe do Céu e em mantos

sagrados. São melodias alegres, umas vezes, tristes , e não esses ritmos

estilizados que é comum ouvirmos.

Seus pontos riscados são curtos e bastante cruzados pela Flecha, Chave e

Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE XANGÔ - Essas entidades usam a forma de

Caboclos, e se entrosam no Corpo Astral de maneira semibrusca, refletindo-
se em arrancos no físico; suas vibrações atingem logo o consciente do

aparelho (médium), forçando-o do tórax a cabeça, em movimentos de meia

rotação e pela insuflação de suas veias do pescoço, com aceleração

pronunciada do ritmo cardíaco, na respiração ofegante, até normalizarem

seu domínio físico.

Emitem não um urro histérico alucinado que traduzem como "KA-Ô",

acentuando as sílabas, e sim uma espécie de som silvado, da garganta para

os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou de um surdo

trovejar...

Não gostam de falar muito. Seus pontos cantados são sérias invocações, de

imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.

Seus pontos de pemba ou sinais riscados fixam o mistério da Flecha, Chave

e da Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE OGUM - Têm a forma de Caboclos. Estas entidades

vibram também com força sobre o Corpo Astral, fixando seus fluídos pelas

costas e cabeças, precipitam a respiração e tomam o controle do físico,

quando o alteram para um porte desempenado.Geralmente dão uma

espécie de "brado" que, num bom aparelho, se entende bem as duas sílabas

da palavra OG-UM, como invocação à Vibração que o ordena.

Jamais esses brados podem ser confundidos com certos "uivos e latidos"

que se escutam em "alguns" lugares, em pessoas que se dizem

mediunizadas (encorporadas), com esgar e olhos injetados de vermelho,

que indicam bebida alcoólica ou auto sugestão.

Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira

forte, vibrante e em todas suas atitudes demonstram vivacidade. Suas

preces cantadas ou pontos traduzem invocações para a luta da fé,

demandas, etc.

Seus pontos riscados são semicurvos e revelam a força da Lei de Pemba

pela Flecha, Chave e Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE OXOSSI - Têm a forma de Caboclos; os Orixás,

Guias e Protetores são suaves em suas apresentações ou incorporações.

Jogam seus fluídos pelas pernas, com tremores e ligeiras flexões das

mesmas(nesta altura daremos um alerta aos irmãos de todos os graus que

forem aparelhos em função de chefia:é de proporção assustadora que se

observa na maioria dos aparelhos que diz incorporar caboclos,

principalmente de Oxossi , um vício ou uma propensão oriunda do

subconsciente, fortemente influenciado por "conhecimentos externos", em

simularem um aleijão da perna, geralmente a esquerda, como se todos os

espíritos, na forma de caboclos, fossem ou tivessem sido defeituosos da dita

perna. Um Orixá de luz, um Guia evoluído, não conserva em sua forma

astral, essa mazela, que deixou através do resgate purificador dos erros que

geraram aquela encarnação, que ficou apenas como experiência de uma

fase escura de seu passado...talvez que, um ou outro, no grau de

Protetores, por necessidade de seu próprio KARMA, conserve essa

consequência, mas daí generalizar o hábito, não passa de infantilidade, ou

então, acham que devem conservar uma perna flexionada, conforme a tem

a imagem de S. Sebastião, supondo que todos os caboclos são seus

enviados e obrigados a manter a mesma postura...)

Assim, como vínhamos dizendo, essas entidades fluem suavemente pela

cabeça até a posse total ou parcial.

Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus

conselhos e trabalhos.

Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são

invocações, geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da Natureza.

Os pontos riscados são de sinais elegantes, pela Flecha, Chave e Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORIMÁ - Essas entidades são verdadeiros magos,

senhores da experiência e do conhecimento em toda espécie de magia. São

os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda - São donos dos mistérios da "Pemba"

nos sinais riscados, da natureza e da Alma Humana.

Têm a forma de pretos-velhos e se apresentando humildemente, falando

um pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta

do aparelho(médium) ou do consulente.

Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo,

sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça.

Falam compassados e pensando bem no que dizem. Rarissimamente

assumem chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos

outros Guias, ou seja, o "braço-direito".

Seus fluídos são fortes , porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho

(médium). Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com

certa violência a cabeça.

Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com

a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluídos de

presença vem como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e

emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram

firmes na incorporação.

Os pontos cantados são os mais tristes entre todos e revela um ritmo

compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de

humildade.

Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, as vezes

reto, outros em ângulo. Temos encontrados neles, semelhantes a certas

letras dos alfabetos primitivos ou templários e dão logo os três sinais

riscados expressivos da Flecha, Chave e Raiz.

Outrossim: nas "formas" de pretos e pretas-velhas, existem os que se

apresentam, por afinidade, como um angola, um cambinda, um congo,etc,

e costumam até conservar em sua "forma astral", certa reprodução de

características que identificavam chefia, função,etc, entre os povos da raça

negra, muito comum entre os que são qualificados como Protetores.

Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma de

caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de protetores.

Quanto a "forma" ser nova ou velha, não altera a essência da coisa, pois no

fundo, é o mesmo.

Essas são, em síntese, a "milonga" das Três Formas em suas apresentações

na UMBANDA. Somente os SETE ORIXÁS principais de cada linha são não

incorporantes... porém, já o dissemos algumas vezes, excepcionalmente,

conferem suas vibrações diretas sobre UM ou no máximo SETE aparelhos

(médiuns), quando, dos espaços siderais, eles observam a Lei sendo

chafurdada e confundida na idolatria, como o está sendo nos tempos

presentes...

Certa maioria continua "reverenciando" estátuas a granel, de bruxos e

bruxas e de supostas representações de EXU com serpentes, ferrão, cornos,

capas pretas ou vermelhas do suposto DIABO da MITOLOGIA...

Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são

existentes em dezenas e dezenas de "terreiros", sendo cultuados com

"comes e bebes..."

E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das vozes dos

pequeninos que se tornam grandes, quando se trata de recompor as

VERDADES PERDIDAS que refletem a própria LEI do VERBO.

Obs: Este Capítulo, pertence a Portentosa obra UMBANDA de TODOS NÓS,

terceira Edição de 1969, escrita pelo Grande Mestre e profundo conhecedor

dos MISTÉRIOS de UMBANDA, W.W. da MATTA e SILVA.

Vejam, caros irmãos, a quantos anos foi escrita esta obra que continua

atualizadissíma. Nós não poderíamos nos furtar de colocar este capítulo,

para discernimento e estudo de nossos irmãos, que tanto anseiam por

conhecimento e luz, esperando ter contribuído um pouco , levando estes

conhecimentos a todos os irmãos.

Se algum irmão, desejar estudar, aconselhamos se for possível as obras de

W.W. da Matta e Silva, que se encontram para vender, assim como de seu

discípulo F. Rivas Netto, assim como outros.

Agradeço a leitura destas páginas e espero sinceramente que muitos

possam tirar proveito, pedindo a OXALÁ, que ilumine todos os nossos

passos, derramando sobre nós a sua Luz Divina.

Caboclos

São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Íncas,

Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras recém formadas e

descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita

organização estrutural, tudo era fabricados por eles, desde o cultivo de

alimentos até a moradia.

Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim

caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos

alimentos vindos da terra, além de sua utilização.

Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e

trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e

consultas, em busca de sua elevação espiritual.

São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua

personalidade e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos.

Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia,

estamos nos referindo a sua forma de trabalho.

Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de

forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram

através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.

Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles,

representam quase uma "senha" entre eles. Cumprimentos e despedidas

são feitas usando esses sons.

Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles

dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos

ter:

Caboclos da mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram

contato com elas.

Caboclos da mata virgem - Esses viveram mais interiorizado nas matas,

sem nenhum contato com outros povos.

Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.

Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para

compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais

ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos

um dos outros.

A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros,

rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras,

entre outros.

A segunda é diferença criada pela "força da natureza" que os rege. É o

Orixá para quem eles trabalham.

Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a "personalidade" de

um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e "força da

natureza" que o rege.

E é nessa "personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os

Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou

participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá

principalmente com a manipulação.

Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de

remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até

manipulação física, como por rezar "espinhela caída".

Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor

terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais

que qualquer outro guia.

Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer

remédios naturais.

Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte

influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas,

independente do Orixá que trabalhe.

São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser

pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham em pé.

São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois

conseguem acoplar no médium em qualquer posição.

Formas incorporativas e especialidade de caboclos:

CABOCLOS DE OXUM

Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece

primeiro ou quase simultâneo no coração (interno).

Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão,

desanimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de

energização.

Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes

quase sempre são de alívio emocional.

CABOCLOS DE OGUM

Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam.

Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional.

Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar

ânimo.

CABOCLOS DE YEMANJÁ

Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum,

rodam muito, chegando a deixar o médium tonto.

Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza

espiritual, conduzindo essa energia para o mar.

CABOCLOS DE XANGÔ

São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o

médium no chão.

Trabalham para : emprego; causas na justiça; imóvel e realização

profissional.

Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

CABOCLOS DE NANÃ

Assim como os Preto-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham

aconselhando, mostrando o carma e como ter resignação.

Dão passes onde levam eguns que estão próximos.

Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.

CABOCLOS DE INHASÃ

São rápidos e deslocam muito o médium.

São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa

de surpresa.

Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois

Inhasã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o

passe de dispersão (descarrego).

Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.

CABOCLOS DE OXALÁ

Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de

energização.

São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto

do terreiro sem deslocar-se muito.

CABOCLOS DE OXÓSSI

São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito.

Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos,

podem trabalhar para diversas finalidades.

Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

CABOCLOS DE OBALUAÊ

São raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas. São

perigosos, por isso só filhos de Omulú de primeira coroa possuem esses

caboclos.

Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em

cajados. Movimentam-se pouco.

Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

Sobre Os Pretos Velhos

Quando se fala em preto-velho, estamos falando de uma grande linha, ou

seja, uma grande faixa vibratória onde espíritos afins se "encaixam" para

cumprirem sua missão.

Esses espíritos foram ex-escravos e negros africanos que não chegaram a

ser escravos. Constam também dessa linha espíritos que não foram

escravos nem negros africanos, mais que por afinidade escolheram a

Umbanda para cumprirem sua missão.

O termo "Velho", "Vovô" e "Vovó" é para sinalizar sua experiência, pois

quando pensamos em alguém mais velho, como um vovô ou uma vovó

subentendemos que essa pessoa já tenha vivido muito mais tempo.

Adquirindo assim mais coisas para contar e passar, principalmente essa

mesma pessoa já viveu o suficiente para ter aprendido a ter paciência,

compreensão, menos ansiedade para a vida. É baseado nesses fatores que

as pessoas mais velhas aconselham.

No mundo espiritual é bastante semelhante. A grande característica dessa

linha é o conselho. É devido a esse fator que carinhosamente dissemos que

são os "Psicólogos da Umbanda".

Suas vestimentas e apetrechos são bem simples, não necessitam de muitos

artifícios para trabalhar, necessitam apenas contar com a atenção e a

concentração do seu médium durante a consulta. Usam cachimbo, lenços,

toalhas e as vezes fumo de rolo e cigarro de palha.

Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito. A

vibração começa com um "peso" nas costas e uma inclinação de tronco para

frente, e os pés fixados no chão. Se locomovem apenas quando incorporam

para as saudações necessárias (atabaque, gongá e Babá) e depois sentam e

praticam sua caridade. Podemos encontrar alguns que se mantém em pé.

É possível ver Preto-Velhos dançando, mais esse dançando é sutíl, apenas

com movimentos dos ombros ou quando sentados, com as pernas.

Essa simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar. Usam

vocabulário simples, sem palavras rebuscadas. Sua maneira carregada de

falar é para dar idéia de antiguidade.

Além disso os Preto-Velhos nos ajudam a enxergar que a prática da

caridade, é vital para nossa evolução espiritual.

A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mais como

cada médium possui uma coroa diferente, isso determina as diferenças

entre os Preto-Velhos.

Essas diferenças ocorrem porque Preto-velhos são trabalhadores de orixás e

trazem para sua forma de trabalho a essência daquela força da natureza

para quem eles trabalham.

Essas diferenças são primeiramente evidenciadas na maneira de

incorporação.

Não é só na forma física que devemos observar as diferenças, mais também

a maneira de trabalhar e a especialidade dele.Para exemplificar,

separaremos abaixo por Orixás:

PRETO-VELHOS DE OGUM

São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o

médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até

consulentes.

São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens,

as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de "choque",

mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e

para as outras pessoas.São especialistas em consultas encorajadoras, ou

seja, mera dose de coragem e segurança para aqueles indecisos e

"medrosos". É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá

considerado corajoso.

PRETO-VELHOS DE OXUM

São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium

uma serenidade inconfundível.

Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma

verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a

finalidade não é "chocar" e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o

assunto que está sendo falado.

São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-
velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é

comum sair até mais confuso do que quando entrou, mais é necessário para

a evolução daquela pessoa.

PRETO-VELHOS DE XANGÔ

São raros de ver, contudo devemos também conhece-los.

Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade

sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações

profissionais.

Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns

e consulentes.

PRETO-VELHOS DE INHASÃ

São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum,

não possuem também muita paciência para com as pessoas.

Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e

é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os

quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá.

Esses Preto-velhos retribuem ao médium principalmente a defesa, são

rápidos na ajuda. Se cobram a honestidade do seu médium no momento da

consulta, não admitem que desconfiem dele (médium).

Mesmo assim eles também possuem uma especialidade.

Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de

pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes

para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual.

Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o

ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos

de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram

com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.

PRETO-VELHOS DE OXOSSI

São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco

rápidas.Esses Preto-velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo

tempo.

Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo

e a alma, assim como emplastos, banhos e compressas, defumadores, chás,

etc... São verdadeiros químicos em seus tocos. - Afinal não podiam ser

diferentes, pois são alunos do maior "químico" - Oxossi.

PRETO-VELHOS DE NANÃ

São raros, assim como os filhos desse Orixá.

Sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e

muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada.

Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e

prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e

pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e

principalmente do pai ou da mãe de santo.

Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou

transparentes, mesmo para médiuns homens. Seu julgamento é severo.

Não admite injustiça com seu médium.

Costumam se afastar dos médiuns que consideram de "moral fraca". Mais

prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa

casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e

honrada.

É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância,

ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta.

São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do

nosso carma, pois isso sem dúvida é a sua função.

Atuam também como os de Inhasã e Omulú, conduzindo Eguns.

PRETO-VELHOS DE OBALUAÊ

São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus

médiuns, tanto na postura quanto na moral.

Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja,

mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros.

Agarram-se a seus "filhos" com total dedicação e carinho, não deixando no

entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma

forma de amar.

Devido a elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham,

acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente

diferenciados dos demais Preto-velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer

assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento.

Como trabalha para Obaluaê, e este é o "dono das almas", esses Preto-
velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para

trabalhar para vários assuntos.

Sua "visão" é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes

de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal

como profissional e até espiritual.

Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus

projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem

fazer passo a passo de tudo que lhe for pedido, apenas confiando nesses

Preto-velhos. Quando o filho não faz isso, costumam tirar o que já lhe deu,

para que o mesmo repense a importância desse Preto-velho em sua vida.

Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as

pessoas a volta.

Não trabalham para saúde (essa função é do Erê de Obaluaê). Salvo se essa

doença for proveniente de "trabalhos feitos macumba" ou obsessões.

PRETO-VELHOS DE YEMANJÁ

São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme

simplicidade. Sua fala é doce e meiga.

Possuem a paciência das mães e a compreensão também. Cobram pouco de

seus médiuns, apenas que eles cumpram a caridade sempre por amor

nunca por obrigação.

Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e

familiares.

Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e

especialmente para as pessoas que desejam engravidar.

Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos

e passes.

Cobram dos seus médiuns que lutem para ter um casamento feliz e sólido,

pois para eles só assim poderão ajudar a outras pessoas nesse sentido, já

que seu médium já vive essa realidade.

PRETO-VELHOS DE OXALÁ

São bastante lentos na forma de incorporare tornam-se belos

principalmente pela simplicidade contida em seus gestos.

Raramente dão consulta, sua maior especialidade é o passe de energização.

Cobram também bastante de seus médiuns, principalmente no que diz

respeito a prática de caridade, assiduidade no terreiro e vaidade.

Sobre Os Boiadeiros

São espíritos de vaqueiros, posseiros, capatazes, cangaceiros e espíritos

afins.

Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham

incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em

suas funções.

Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a

modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses

espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda,

do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra.

Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda

muito para diferenciarmos dos caboclos.

São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco

harmoniosos.

Sua maior finalidade não é a consulta como os Preto-velhos, nem os passes

e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o

"dispersar de energia" aderida a corpos, paredes e objetos.

É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem

se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha

"sempre" atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de

espíritos).

Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade

ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim "limpam" o

ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que a

presença desses espíritos muitas vezes interferem nas consultas de

médiuns conscientes.

Esses espíritos atendem a boiadeiros pela demonstração de coragem que os

mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de

doutrina.

Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas

dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes.

Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São

verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele

goste. "Gostar" para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade

e honestidade, aí sim é considerado por ele "filho". Pois ser filho de

boiadeiro não é só tê-lo na coroa.

Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua

finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e

falar, ou seja, a energia emanada pelo Orixá para quem trabalha é apenas

um critério interno e obrigatório dentro do próprio "Ori" - pois na verdade

todos são braços de Omulú.

Exemplificando essa idéia: Um boiadeiro que trabalhe para Ogum é

praticamente igual a um que trabalhe para Oxossi, apenas cumprem ordens

de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.

Dentro dessa linha a diversidade encontram-se na idade dos boiadeiros.

Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que

pertencem a locais diferentes, como regiões por exemplo: Nordeste, Sul,

Centro-Oeste, etc...

Sobre Exus

São espíritos que já encarnaram na terra. Na sua maioria, tiveram vida

difícil como mulheres da vida; boêmios; dançarinas de cabaré, etc, etc...

Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da

prática de caridade, incorporando nos terreiros de Umbanda.

São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são

desconfiados mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados.

Estes espíritos, assim como os Preto-velhos, e crianças, são servidores dos

Orixás.

Não se deve confundir os Exus da Umbanda com Exu da Nação

(candomblé), pois são diferentes.

Apesar das imagens de Exus, fazerem referência ao "Diabo" medieval

(herança do Sincretismo religioso), eles não devem ser associados a prática

do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções

específicas e seguem as ordens de seus "patrões". Dentre várias, duas das

principais funções dos Exus são: A abertura dos caminhos e a proteção de

terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou

obrigações.

Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a "gira de

Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal,

demanda e etc... de seus consulentes. Mas também durante as outras giras

(Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Orixás), protegendo o terreiro e os

médiuns, para que a caridade possa ser praticada.

Os Exus estão divididos em 3 grandes linhas: Cemitério, Encruzilhada e

Estrada.

Exus do Cemitério: É formada por Exus sérios, em sua maioria servidores

de Omulú (Rei do Cemitério). Não costumam dar consulta, se apresentam

principalmente em grandes obrigações, trabalhos e descarregos.

Ex: Sr. João Caveira; D.Maria Quitéria; D.Rosa Caveira; Sr. 7 Catacumbas;

Sr. 7 Facas, etc....

Exus da Encruzilhada: Esta linha é formada por Exus que servem a Orixás

diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas também não

são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também

de participar em obrigações e descarregos. Alguns deles se aproximam

muito (em suas características) da linha do cemitério, são os que

chamamos de "Encruza pesada", enquanto outros se aproximam mais da

linha da estrada, "Encruza leve".

Ex: Sr.Tranca Rua; Sr. Veludo; D. 7 Encruzilhadas; Sr. 7 Encruzilhadas; D.

Maria Mulambo; D. Maceió; etc...

Exus da Estrada: São os mais "brincalhões". Suas consultas são sempre

recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em

qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e

sendo assim estas "brincadeiras" devem partir SEMPRE do guia e nunca do

consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se

movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar

consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta linha trabalham vários

espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os

Cíganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns

espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução,

optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como Exus (Exu

Mangueira, Exu do Tempo, etc...).

Ex: D. Maria Padilha; Sr. Zé Pelintra; D. Rosa Vermelha; Sr. Tiriri; D.

Cigana/Ciganhiha, etc...

Sobre As Crianças

São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por

continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade,

incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria,

foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso

trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de

criança, o gosto por brinquedos e doces.

Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem

específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás.

Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer

brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessário muita concentração

do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem

na mensagem a ser transmitida. É comum em uma gira de criança, ver um

médium "cambaleando" antes de incorporar inteiramente, isso se dá devido

a "disputa" que estes espíritos travam para ver quem incorpora primeiro,

bem típico desta linha.

Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as

"meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e

gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc...

Estas características, que as vezes nos passam desapercebido, são sempre

formas que eles tem de exercer uma função específica, como a de

descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.

Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente é atendido de

maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos

presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma

criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira"

(cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão

"engraçada" assim.

COMANDOS E REPRESENTAÇÕES DAS LINHAS DE UMBANDA

Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres

encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e

Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e

harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem

estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas

com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir

damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da

Umbanda.

LINHA DE OXALÁ

Caboclo Tupi - Representante de Oxalá na Linha das Almas

Caboclo Guarani - Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi

Caboclo Aymoré - Representante de Oxalá na Linha de Ogum

Caboclo Guaracy - Representante de Oxalá na Linha de Xangô

Caboclo Ubiratã - Representante de Oxalá na Linha de Ibeji

Caboclo Ubirajara - Representante de Oxalá na Linha de Senhoras

Caboclo Urubatão da Guia - Comando da Linha de Oxalá

LINHA DAS SENHORAS

Cabocla Janaina - Representante das Senhora na Linha das Almas

Cabocla Jupissiara - Representante das Senhoras na Linha de Oxóssi

Cabocla Jupiara - Representante das Senhoras na Linha de Ogum

Cabocla Jussara - Representante das Senhoras na Linha de Xangô

Cabocla Jacira - Representante das Senhoras na Linha de Ibeji

Cabocla Jandira - Comando da Linha das Senhoras

Cabocla Jupira - Representante das Senhoras na Linha de Oxalá

LINHA DE IBEJI

Yarirí - Representante de Ibeji na Linha das Almas

Crispiniano - Representante de Ibeji na Linha de Oxóssi

Crispim - Representante de Ibeji na Linha de Ogum

Orí - Representante de Ibeji na Linha de Xangô.

Doum - Comando da Linha de Ibeji

Damião - Representante de Ibeji na Linha das Senhoras

Cosme - Representante de Ibeji na Linha de Oxalá

LINHA DE XANGÔ

Xangô Abomi - Representante de Xangô na Linha das Almas

Xangô Aganjú - Representante de Xangô na Linha das Almas

Xangô Alafim - Representante de Xangô na Linha de Ogum

Xangô Kaô - Comando da Linha de Xangô

Xangô Agojo - Representante de Xangô na Linha de Ibeji

Xangô Alufam - Representante de Xangô na Linha das Senhoras

Xangô Agodô - Representante de Xangô na Linha de Oxalá

LINHA DE OGUM

Ogum Megê - Representante de Ogum na Linha das Almas

Ogum Rompe Mato - Representante de Ogum na Linha de Oxóssi

Ogum Guerreiro - Comando da Linha de Ogum

Ogum de Nagô - Representante de Ogum na Linha de Xangô

Ogum Dilê - Representante de Ogum na Linha de Ibeji

Ogum Beira Mar - Representante de Ogum na Linha das Senhoras

Ogum de Malê - Representante de Ogum na Linha de Oxalá

LINHA DE OXÓSSI

Caboclo Arruda - Representante de Oxóssi na Linha das Almas

Caboclo Pena Verde - Comando da Linha de Oxóssi

Caboclo Araribóia - Representante de Oxóssi na Linha de Ogum

Caboclo Cobra Coral - Representante de Oxóssi na Linha de Xangô

Caboclo Guiné - Representante de Oxóssi na Linha de Ibeji

Cabocla Jurema - Representante de Oxóssi na Linha das Senhoras

Caboclo Pena Branca - Representante de Oxóssi na Linha de Oxalá

LINHA DAS ALMAS

Vovó Maria Conga - Comando da Linha das Almas

Vovó Arruda - Representante das Almas na Linha de Oxóssi

Pai Benedito - Representante das Almas na Linha de Ogum

Pai Tomé - Representante das Almas na Linha de Xangô

Pai Joaquim - Representante das Almas na Linha de Ibeji

Rei Congo - Representante das Almas na Linha das Senhoras

Pai Guiné - Representante das Almas na Linha de Oxalá

A linha de Exus, é outra linha independente, assim como Ibeji, engloba-se

no plano número 1 da Umbanda, através do qual tem se acesso aos planos

positivos, por mérito e evolução, conseguidos através do trabalho de sapa.

Exú é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é

quem tem maior ligação com os seres encarnados. Existem três tipos de

Exu, à saber:

EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir o Bem do Mal, trabalha para

quem pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é castigado pelas falanges

do Bem, então volta-se contra quem o mandou.

EXU BATIZADO: é todo aquele que já conhece o Bem e o Mal, praticando os

dois conscientemente; são os capangueiros ou empregados das entidades, à

cujo serviço evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de

cobrança.

EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como empregado das

Entidades do Bem, recebem por mérito, a permissão de se apresentarem

como elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças,

Oguns, Xangôs e até como Senhoras.

Elemento e força da natureza: fogo

Dia da semana: segunda-feira

Chakra atuante: básico ou sacro

Planeta regente: Saturno e Plutão

Nota musical: dó

Cor vibratória: vermelho (totalmente), variando a tonalidade de acordo com

sua evolução

Cor representativa: vermelho e preto, branco e preto, preto e amarelo (vide

nota especial no final do capítulo *)

Cor do colar (guia): vermelho e preto, branco e preto, preto e amarelo,

como acima

Saudação: Aruê-Exu, Arô-Exu ou Laroiê-Exu

Negativo: Quiumbas

Amalá: carne de porco ou de boi crua, cabrito, galinha preta, farofa com

azeite de dendê, pimenta da costa, pipoca sem sal e sem açúcar, banana

d'água

Otí: cachaça para os machos e champanhe ou anis para as fêmeas

Local de entregas: encruzilhadas, cemitérios, praias, lodo, pedreiras, etc.

Encruzilhadas abertas: para todos Exus (indistintamente)

Encruzilhadas fechadas: para todos os Exus (indistintamente)

Porteira de Curral: Exu das Sete Porteiras

Encruzilhadas Mistas: Exus mirins, etc...

Encruzilhadas em "S" ou curvas: Exu Tira-teima

Encruzilhadas em pé de galinha: Dona Pomba-gira

Encruzilhadas de estrada de ferro: Dona Maria Padilha

Encruzilhadas de caminho do mato: Dona Maria Molambo

NOTA: Nas curvas em S nunca se caminha pelo lado do ângulo da curva.

Nunca se deve atravessar as encruzilhadas em diagonal, principalmente as

de dentro do cemitério. Ao utilizar-se uma porteira de curral, entra-se pelo

lado direito e sai-se pelo esquerdo.

PORQUE ARRIAR UM EBÓ NA ENCRUZILHADA?

A mesma possuí "força" para abrir e fechar caminhos.

São entregues para Exú Orixá (Candomblé), Exú Guardião e Pombas Giras

(entidades da Umbanda)

-Encruzilhada aberta: Abrir os todos os caminhos (entrega-se em um dos

cantos, após saldar Ogum e o guardião do local)

-Encruzilhada fechada : _____== ____

fechar os caminhos (são aquelas em que a rua é dividida por alguma

calçada e depois continua)

-Encruzilhada em Y: fechar algo específico e abrir outro. Tipo tirar algo de

sua vida para a chegada de algo novo.

-Encruzilhada em Cruz, para os pedidos de amor às Pombas Giras. (são

aquelas em que a rua termina numa rua transversal e não tem

continuidade, simplesmente acaba.

Tradicionalmente as encruzilhadas afastadas e de chão de barro são as mais

indicadas.

Faça sua entrega antes da meia noite.

Cada ebó exige preparos e cuidados específicos como preceitos, banhos ou

velas para seus orixás antes de ser feito , durante e após a entrega.

*Nota especial da cor representativa e dos colares (guias)

Vermelho e preto: para todos os EXUS de encruzilhadas.

Preto e branco: Para todos EXUS com chefia, independente do local a que

pertença.

Preto e amarelo: Exclusivas para os EXUS da Calunga Pequena (cemitério).

AS PROIBIÇÕES NA UMBANDA

Algumas proibições são válidas, algumas se tornaram populares, mas

carecem de fundamento.

Citaremos algumas mais importantes e conhecidas que aceitamos como

verdadeiras:

- As oferendas deverão ser entregues a partir das sete horas da noite ou

pela manhã, antes do sol firmar-se no céu, com excepção a Oxalá e Ibeji

que aceitam em dia claro. Nunca deverão ser entregues a partir da meia-
noite, quando se nota maior acúmulo de entidades perturbadoras à procura

de encarnados dedicados aos prazeres mais inferiores.

- Nada será despachado durante a chuva. Podem ser entregues nas

estiagens, nas horas em que a chuva passa.

- Na lua minguante são entregues os trabalhos destinados a diminuir ou

acabar com algo, como doenças ou vícios, dias esses com poderoso influxo

magnético lunar de retracção. Nos dias de lua cheia ou crescente, para

trabalhos de crescimento, tais como os destinados a melhoria no trabalho,

estudos, amor e saúde.

- O respeito à Natureza é um dos atributos do umbandista. Em respeito aos

Orixás e manutenção de seus locais, jamais deixe lixo de qualquer espécie

após as oferendas, como sacolas, papéis, embalagens, com excepção de

garrafas de vidro.

- Escute sempre a entidade que solicita a oferenda. Orientarão se preferem

bandejas de papelão ou potes de barro, louça, que tipo de flor, quais as

cores, quantidades, etc.

- Tanto consulentes quanto médiuns devem se abster de ingerir, nos dias

de trabalho, bebidas alcoólicas, comidas picantes, excesso de carne

vermelha e, dentro do possível, evitar discussões e agitações de toda a

espécie. Já falamos de entidades, principalmente do Oriente, que não

admitem o consumo de carne de gado, porco ou carneiro pelo seu médium

no dia de trabalho. Incluem-se aqui também nesses itens o excesso de café,

chás e chocolates.

- Todos os itens da oferenda deverão ser comprados por quem os oferece,

sem nenhuma excepção. Como dizem as entidades, tudo deve ser

“chorado” e não pago por outrem.

- O local escolhido não poderá ter outras oferendas ou ter havido agitações

ultimamente, com excepção das encruzilhadas que são muito ocupadas.

- Cumprimente o local e as entidades que ali trabalham e estão assistindo à

entrega, e saia respeitosamente, em silêncio, não se voltando para trás.

- Por deixarmos imantados os objectos com nosso toque, a mulher

menstruada não deve preparar ou oferecer nada, por estar eliminando

nesses períodos cargas negativas expelidas com o sangue.

- Não ofereça bebidas geladas.

- Tudo deve ser aberto, desenrolado, inclusive balas.

- Pode-se acender ou não cigarros e charutos. A caixa de fósforo deve ficar

ao lado, aberta.

- Os Orixás não se preocupam com a quantidade de itens oferecida, mas

sim com o axé mínimo para a troca fluídica e o valor da intenção do

pedinte.

- Peça justiça, nunca o mal de alguém. A Umbanda não admite trabalhos

voltados para o lado da Quiumbanda.

- Os vinhos a Ogum costumam ser tintos e secos. Os de Pretos-Velhos,

rosados e suaves. Mas tudo isso é muito variável, como já foi dito, de

acordo com a solicitação feita. Se oferecida a toda a falange, aí sim cabem

os itens mais comuns a qualquer uma.

- Procure banhar-se, se possível, com banhos de descarga, na entrega e na

chegada das oferendas.

- Não use cores escuras nas roupas, inclusive os consulentes, nos dias de

receber passe, quando deverão ser orientados no local.

- Não devem ser comidos ou provados os itens da oferenda. O que foi

preparado deve ser entregue e, se sobrar, posto fora.

- O centro das encruzilhadas é um verdadeiro redemoinho magnético,

geralmente de forças perturbadoras. Procure evitar cruzar o local em

diagonal. Atravesse de calçada a calçada.

- Os despachos (oferendas a Exu) devem ser entregues em um dos quatro

cantos da encruzilhada. Alguns trabalhos, com a devida orientação, constam

também no centro. Nunca faça, sem o devido preparo e aval das entidades,

tais oferendas. Limite-se a velas, charutos e cachaças.

- As ervas devem ser frescas, se possível e nunca demasiadamente

fervidas.

- Na Umbanda, não há proibições do tipo não cortar o cabelo porque o Orixá

não gosta, usar esta ou aquela coisa, ou outras observações presentes em

outras linhas de trabalho. Há maior flexibilidade nessas questões.

(fonte:”Desvendando a Umbanda”, de Miriam de Oxalá)

VELAS

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda.

Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em

quase todos os trabalhos de magia.

Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo para

sua mente uma porta interdimensional, onde sua mente consciente nem

sonha com a força de seus poderes mentais.

A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os

estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade,

a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado

muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo, tomavam

decisões que mudariam o curso de suas vidas.

A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica uma forte

sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando

os poderes extra sensoriais em estado latente.

Uma das várias razões da influência mística da vela na psiquê das pessoas é

a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria.

Embora, na verdade, saibamos, através do ocultismo, que o fogo possui

uma energia conhecida como espíritos do fogo ou salamandras.

Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática,

num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita

concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela

mente do médium irá englobar a energia do fogo e juntas, irão vibrar no

espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a chama da

vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida, despertando nas

pessoas a esperança, a fé e o amor.

No ritual da magia, o mago entra em contato com seu mundo inconsciente,

depositário de suas forças mentais, onde irão ser utilizadas para que

alcancem seus propósitos iniciais. Qualquer pessoa que acender uma vela,

com fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e

consequentemente, está sendo um mago.

Se uma pessoa usa suas forças mentais com a ajuda da magia das velas, no

sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas,

se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar

qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno são

sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.

Infeliz daquele que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com

formatos de sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., assumindo um

terrível compromisso cármico com os senhores do destino.

Todos os nossos pensamentos, palavras e atos estão sendo gravados em

nosso inconsciente e ninguém fica impune junto à justiça divina.

Voltaremos ao planeta Terra quantas encarnações for preciso para expiar

nossas dívidas com o passado.

Por outro lado, feliz daquele que lembra de acender uma vela com o

coração cheio de amor para o anjo da guarda de seu inimigo, perdoando-o

por sua insensatez, pois irá criar ao seu redor um campo vibratório de

harmonia cósmica, elevando suas vibrações superiores.

Ao acender velas para as almas, para o anjo da guarda, os pretos velhos,

caboclos, para a firmeza de pontos, Conga, para um santo de sua

preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista

saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está

sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: A

mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe.

A intenção de acender uma vela gera uma energia mental no cérebro da

pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual irá captar em seu campo

vibratório. Assim, a quantidade de velas não influirá no valor do trabalho; a

influencia se fará diretamente na mente da pessoa que está acendendo as

velas, no sentido de aumentar ou não o grau da intenção.

Desta forma, é inútil acreditar que podemos comprar favores de uma

entidade negociando com uma maior ou menor de velas acesas. Os espíritos

captam em primeiro lugar as vibrações de nossos sentimentos, quer

acendamos velas ou não. Daí ser melhor ouvir uma das máximas de Jesus

que diz: “Antes de fazer sua oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.”

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério,

nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao lado de uma oferenda,

apaga-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a fé das

pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente, que poderá acarretar

sérios problemas com esta atitude, de ordem espiritual, precisamos

respeitar o sentimento de religiosidade das pessoas, principalmente quando

acender uma vela faz parte desse sentimento.

VELAS QUEBRADAS OU USADAS

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de

velas virgens, ou que não estejam quebradas. A vela virgem esta isenta da

magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque

de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia. No caso

da vela quebrada acredita-se que um trabalho perfeito precisa de

instrumentos perfeitos. Se o trabalho obtiver sucesso, o detalhe da vela

quebrada não será notado: mas, se falhar, será tido como principal fator de

seu fracasso o fato de a vela estar quebrada.

FÓSFORO OU ISQUEIRO

Em muitos Terreiros existe uma recomendação para só se acenderem velas

com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro ou em outra vela

acesa.

Normalmente, os Terreiros fazem uso de pólvora, chamada de "fundanga",

nos trabalhos de descarrego. O enxofre que a pólvora contém também está

presente nos palitos de fósforo.

Ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro de um ambiente

místico, provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar

momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido à sua composição

química, em contato com o ar. A mente do médium capta essas vibrações,

que funciona como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu

próprio campo vibratório, promovendo desta forma uma limpeza psíquica no

ambiente. Não é a pólvora que faz a limpeza, mas a mente do médium, se

ele conseguir ativa-la para este fim.

VELA DE SETE DIAS

Na Umbanda, alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de sete dias

tem a mesma eficiência de sete velas normais. Sabemos de acordo com a

psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço.

No fato de se acender uma vela isoladamente não há nenhum tipo de

reforço que se baseia na repetição. Assim, ao acender uma vela durante

sete dias, as pessoas são reforçadas diariamente em sua fé e, repetindo os

pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores

probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos.

MEDITAÇÃO

Para trabalhos de meditação o uso das velas é excelente pois, além da

diminuição dos estímulos visuais na semi escuridão, força a atenção para a

chama da vela, aumentando a capacidade de concentração. O contraste do

claro-escuro contribui para lembrar as pessoas da necessidade de uma

iluminação interior.

CORES

Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais frequente, devido à sua

representação como símbolo da pureza. A cor branca na Umbanda é a cor

de Oxalá. Daí a razão do uso de velas brancas na maioria dos rituais de

magia, dentro da associação da pureza/Oxalá.

LEMBRETES:

Não recomendo aos Umbandistas fazerem velas com restos de outras velas,

seja qual for o motivo, pois as consequências são imprevisíveis. Com a

magia não devemos nos arriscar; ou temos certeza, ou não a realizamos.

Os restos de velas estão impregnados das energias mentais de quem as

acendeu. Aproveitar esses restos é o mesmo que querer aproveitar os

restos dessas energias; como não sabemos com qual intenção as velas

foram acesas, haverá fatalmente um choque entre diversas energias.

E CONSELHOS ÚTEIS A RESPEITO DAS VELAS:

Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente JAMAIS

o faça soprando a vela ; velas de ritual só podem ser apagadas com

abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas.

A vela deve ser muito bem fixada, se não tiver uma base grande.

Especialmente no caso das cilíndricas,é importante fixá-las para que não

caiam ; assim, use a cera dela mesma para fixar, mesmo que esteja em

candelabro. Dependendo do tamanho é interessante colocá-la dentro de um

copo ou de um vidro refratário, COM UM POUQUINHO D’ÁGUA NO FUNDO,

para que a parafina não grude : Havendo água no fundo (só um pouco) o

que sobrar da parafina sai inteiro, sem grudar, mas sem água você só vai

conseguir limpar o copo com água fervendo, porque gruda mesmo. No

comércio há vidros especiais para velas de sete dias e outros tipos.

As vezes acontece (com qualquer tipo de vela) que à medida em que ela vai

se consumindo a parte já queimada do pavio vai se acumulando junto à

chama, fazendo com que esta vá ficando muito forte e intensa, o que faz a

vela queimar depressa demais e se esparramar, por isso é aconselhável,

quando isso acontecer, cortar com uma tesoura essa parte preta do pavio já

queimado.

Por precaução, especialmente nas atividades que vão requerer várias velas

simultaneamente, é recomendável que se disponha de meios para enfrentar

alguma provável emergência. Assim, aconselha-se que sempre se possa

dispor de água suficiente para alguma eventualidade, ou então uma

maneira rápida de abafar.

As velas de boa qualidade não podem ser tortas, terem rachaduras, bolhas

e nem pavio muito fino, se possível as velas tem de vir dentro de caixas e

não soltas como as de quilo, as velas de quilos elas ficam expostas ao vento

e as mãos alheias, estão sempre machucadas, como são velas que não

passam por um padrão de qualidade elas podem conter matérias impróprio

pra combustão, assim como pode ter bolhas internas invisíveis a olhos nu.

Os materiais empregados são em geral anilina ou giz de cera , o giz de cera

dá a cor desejada porem influi seriamente na combustão da parafina,

quanto mais próximo da transparência mais haverá pureza na parafina,

portanto dêem preferência as velas com a intensidade de cor mais amena

(digamos mais pálidas), as velas que tem cores fortes deve-se verificar o

pavio.

Velas que não acendem prontamente - JOGUE FORA A VELA, ELA NÃO

PRESTA, É UMA VELA VELHA QUE FICOU EXPOSTA MUITO TEMPO A

SUJEIRAS.

Procure sempre pensar na segurança em primeiro lugar, nunca deixe

crianças manusear velas acesas ou fósforos, nunca coloque as velas sobre

ou próximos de objetos comburentes como madeira, panos e botijões de

gás, nunca acenda uma vela e saia de casa pois nunca sabemos se um

acidente poderá ocorrer.

Chegaremos em um momento na Umbanda que o homem deverá estar

plenamente consciente de que sua força mental é a sua grande aliada e

nunca a sua inimiga. Deverá libertar-se gradativamente dos valores

exteriores criados por sua mente e valorizar-se mais. Seu grande desafio é

superar a si mesmo. Em vez de acender uma vela, deverá acender sua

chama interior e tornar-se um iluminado e, com o brilho dessa chama

sagrada, mostrar o caminho aos seus irmãos.

BIBLIOGRAFIA:

Livro A Umbanda do III Milênio – Túlio Alves Ferreira – Editora

Pensamento

Todo Umbandista acende sua velinha!

Vamos hoje falar um pouquinho sobre este elemento fundamental nos

rituais umbandistas: As velas. Por que acendemos velas? O que elas

representam e como atuam? Acho que muitas pessoas já se fizeram estas

perguntas e outras nunca pensaram sobre o assunto. Como estamos

buscando mais conhecimento e menos ações automáticas, acredito que este

seja um assunto bem relevante. Então vamos lá!

A vela significa luz, atua no éter de quem recebe suas irradiações ígneas e é

um simples, mas poderoso instrumento. Tal como o incenso, uma vela

acesa altera o estado energético de um ambiente ou de uma pessoa.

Quando está acesa, durante o dia ou noite, além de enviar nossas intenções

como luz que toca outra luz em vário níveis, ela se torna uma energia

contínua de nossas orações, ela se torna a vigília de nossos pensamentos,

pois sempre que passarmos por ela seu brilho chamará nossa consciência

de volta para o propósito de nossa solicitação ou pensamento e a sua luz

atuará como um laser para concentrar a energia de nossas intenções.

Portanto ela ativa nossa fé nos mantendo em sintonia com o Plano Astral

Superior e é fato que uma vela acesa positivamente atrai os bons espíritos

para perto. Na realização de uma oferenda as velas acesas ativam e

potencializam nossas intenções.

É importante saber também que uma simples vela consiste na união dos

quatro elementos.

O elemento terra, ou energia telúrica, é representado pela parafina que vem

do petróleo, das profundezas do planeta; o elemento ar, com a energia

eólica, é representado pela fumaça que a vela exala, ainda que tênue; o

elemento fogo, ou energia ígnea, é representado pela chama da vela e,

finalmente, o elemento água, e a energia mineral, é representado pela

combustão dos materiais da vela onde se desprendem moléculas de

hidrogênio que se combinam com o oxigênio e formam a molécula de água

no estado gasoso.

Além de todas essas vibrações, energias e elementos temos também a

questão da pigmentação da vela onde a cor, com base na cromoterapia,

mexe com nossas vibrações mental e energética.

Por exemplo: a vela branca, que representa a união de todas as cores, é

purificadora, traz a sensação de limpeza, claridade e estimula a

criatividade; a vela amarela simboliza a alegria de viver e o alto astral; a

vela cor de rosa abre o coração e estimula todas as formas de inspiração e

amor, traz conforto e aconchego à alma; a vela vermelha simboliza o

dinamismo, a força e a coragem e é uma boa pedida para quem está

deprimido ou sem ânimo para nada; a vela azul clara traz paz e

tranquilidade, estimula o crescimento pessoal e melhora o auto controle; a

vela verde representa a esperança e a abundância, estimula momentos de

paz e cura, traz tranquilidade e acaba com as tensões.

Espero que vocês tenham conseguido entender um pouquinho deste

importante fundamento umbandista, mas como conhecimento nunca é

demais, saliento que este é um assunto legal para se estudar mais profunda

e detalhadamente.

Paz e Luz a todos




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