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OS ERROS QUE COMETEM EM UM TERREIRO DE UMBANDA

OS ERROS QUE COMETEM EM UM TERREIRO DE UMBANDA

Queridos irmãos, estou longe de querer ser o Espírito da Verdade, ou mesmo

ajuizar valores no meio Umbandista, mas este é um assunto muito sério, não

só está presente em nossa Umbanda, mas em todos locais sagrados ou

religiosos, em que os sacerdotes ou obreiros cada dia mais estão envolvidos

com problemas relacionados a Vaidade, Ambição e Sexo;

 Infelizmente estamos nos deparando com essa realidade e podemos com

certeza seguir os passos dado pelo Papa da Igreja Católica, ao qual efetuou

um pronunciamento pedindo perdão a todos pelas práticas erradas de seus

sacerdotes, como nós, não temos um sacerdote mor neste nível hierárquico,

devemos sim como pequenas formiguinhas que somos pedir perdão por

nossos irmãos que agem de forma contrária a nossa Doutrina.

Como em toda família ou sociedade, estamos propensos a cometer erros.

Não é só de acertos e harmonia que vivem os Terreiros de Umbanda,

existem erros que são praticados por alguns pais e filhos de santo.

Sob um olhar minucioso, foram relacionados os mais comuns e espero

sinceramente que os que lerem esse tópico concordem com o que será

exposto.

Esses erros tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar o

foco de equilíbrio:

 Dar guarida a fofoca e comentários maledicentes. Lembre-se que, o ciúme

é um dos maiores venenos que a pessoa pode ter.

  Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou

uso de elementos estranhos ao ritual do culto;

 Exploração financeira contra filhos da casa e/ou frequentadores. A

Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus

trabalhos. Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não se paga

por qualquer tipo de trabalho espiritual que venha a ser realizado;

 Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa;

 Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa;

 Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa;

 Omissão de socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam

auxilio;

 Ciúmes pelo tratamento dado pelo dirigente da casa a um ou outro filho;

 Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em

quaisquer circunstâncias pelo dirigente da casa;

 Atenção dispensada de forma exagerada ao dirigente da casa ou aos outros

integrantes do grupo;

 Falta de preparo dos filhos nos ritos da casa;

 Elevar um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente

preparado;

 Deixar desavenças de ordem particular interferir nos trabalhos;

• Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento dos

filhos da casa;

• Não transmitir os ensinamentos adquiridos, não compartilhá-los com os

demais;

• Agregar filhos apenas para fazer volume ou aumentar a contabilidade;

• Tratar de forma diferente os filhos ou frequentadores da casa, pelo poder

aquisitivo ou pela atenção por eles dispensada;

• Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura pelo auxilio;

• Não respeitar a vida particular do dirigente, levando a ele problemas fúteis,

fora da Casa;

• Confundir a liberdade dada;

• Dirigentes e médiuns; Confundir Umbanda com Nação Nagô, Gêge, Ketu,

Batuque, Catimbó, Juremada, Candomblé, Umbanda traçada, Umbandomblé

etc, etc, etc... Erros absurdos podem advir deste tipo de confusão. Valham-

se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda para poder ensinar aos

demais;

Devemos sim, ter uma base sólida na Umbanda do Caboclo das Sete

Encruzilhadas, propagada pelo médium Zélio de Fernadino de Moraes que

nos ditaram os preceitos da genuína Umbanda, ou seja, a verdadeira

Umbanda nascida no Brasil podemos sim, nos instruir com o que há de

melhor em outras religiões, mas praticar a genuína Umbanda de nosso pai

Caboclo das Sete Encruzilhadas.

• Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais

importante que as outras entidades que trabalham na casa;

• Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium, aos

Consulentes e a casa;

• Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e o Consulente,

usando e aplicando seus próprios conceitos e exprimindo suas opiniões

pessoais;

• Tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca pense que

está incorporado, mas sim, tenha certeza disso antes de começar a

trabalhar.

• Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter

consciência sobre a manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua

magia para prejudicar quem quer que seja. A Lei Divina se encarrega para

que todos tenham o que merecem;

•  Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer tipo de trabalho. A

Umbanda não se utiliza destes elementos para seus trabalhos. Não é

sacrificando um animal ou usando sangue que se alcança a graça divina, pois

nós não temos o direito de tirar a vida de quem quer que seja.

•  Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar, lograr e

ludibriar. MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico ou figurado.

•  Adornos - estes objetos são geralmente de metal e podem causar

distúrbios, visto que o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de

quaisquer percalços que possam coibi-los em algo. E, também porque, a

regra do umbandista é a simplicidade, nada de exibições, de vaidade e

aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de modas.

• Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o terreiro,

você está adentrando uma casa santa, uma casa sagrada. Deve, então,

livrar-se de pensamentos pecaminosos, contrários aos trabalhos espirituais.

Roupas insinuantes são absolutamente negativas e dispensáveis aos

trabalhos de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a silhueta

que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente o contrário.

• Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de pura irresponsabilidade

chamar as entidades com as quais se está trabalhando fora da casa de

trabalhos. Isto, além de irresponsável, pode ser extremamente perigoso,

pois os médiuns iniciantes ainda não conhecem as vibrações energéticas das

entidades e podem dar passagem a quiumbas ou afins sem saber.

• É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho, direcionam

suas conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos ao

desenvolvimento dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns tenham

consciência que a preparação para os trabalhos começam à 00h00min hora

do mesmo dia (pelo menos) e que conversas diversas que não são afins ao

trabalho que será desenvolvido começam por desestabilizar o equilíbrio da

casa.

•  A pretexto de estar incorporado com Caboclos ou Pretos Velhos, ficarem

cuspindo a torto e a direito no chão do Terreiro; Se existem cuspidores no

local, a lógica impõe que os mesmos sejam utilizados, já que entidades por

serem espíritos não salivam, então na verdade, quem cospe mesmo é o

médium.

 

• Dirigentes e médiuns não procurarem se doutrinar na literatura dada pelos

espíritos para que não precisem cada vez que se comuniquem estar trazendo

os conhecimentos da espiritualidade e não precisando lavrar a terra de nossa

cabeça, sobra maior tempo para os trabalhos práticos de cura e de

desobsessão.

As entidades valem-se do conhecimento dos médiuns para poderem se

comunicar. Quando o médium pouco sabe, pouco estuda, as entidades pouco

podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo próximo. Faz-se

absolutamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento espiritual

para atingir a própria evolução e, consequentemente, auxiliar as entidades

em sua evolução espiritual.

O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura de uma vida de

sucessos. Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento nunca

será em demasia e é a única coisa que fará parte de cada um. As casas que

possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual, normalmente

têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos.

•  Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns têm um

péssimo hábito de mostrar problemas excessivos na incorporação ou

desincorporação, muitas vezes somente para mostrarem-se o quão forte são

o quão fortes são suas entidades e para tomarem um pouco mais de atenção

de todos dentro da casa. Lembrem-se, senhores (as) médiuns que uma

entidade que chega ao terreiro para trabalhar é normalmente uma entidade

com alto grau de evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente

durante sua desincorporação.

Descarregar o médium quando de sua partida não tem relação alguma com

sofrimento deste. Estabilizar a energia do médium não é aplicar um choque.

• É comum o médium incorporado procurar um amigo seu para lhe dar um

passe ou falar com ele, e isso não invalida a incorporação e não quer dizer

que foi o médium que procurou e não o espírito, principalmente porque a

entidade, sabendo das dificuldades de seu cavalo, tenta de todas as formas

facilitarem a incorporação. Como o espírito sabe que a pessoa é amiga do

médium?

É bem obvio que mais do que o guia, ninguém conhece tanto os amigos ou

os inimigos de seu protegido!

 

• Na incorporação de Espíritos sofredores existem cenas burlescas em que

médiuns gritam, se jogam no chão e até “perdem a consciência”; Pois se um

irmão menos esclarecido precisou chegar até o médium e porque houve

permissão para isso, sendo que nenhum Guia Espiritual, repito, permitirá que

o seu tutelado sofra; E isso quando ocorre, revela um total desequilíbrio e

despreparo do próprio médium.

 

• É comum encontrarmos nos Terreiros médiuns de outras casas ou até

mesmo médiuns que não se encontram trabalhando espiritualmente, terem a

chance de receber suas entidades durante os trabalhos da casa.

Acontece que em muitos terreiros em que os “Coronéis”, mostrando absoluta

falta de conhecimento e discernimento, mandarem estas entidades "subir".

Notem que, se uma entidade passou pelo Senhor Tranca-Ruas, por todos os

Exus que guardam a casa durante os trabalhos e por todos os Oguns que ali

estão rondando para a proteção da casa é muito provável que esta entidade

tenha permissão para adentrar o terreiro (por algum motivo).

Interessante é o fato de alguns “Coronéis de Terreiro” acharem que possuem

um conhecimento maior que as entidades que ali estão trabalhando. É

preciso tomar muito cuidado com a autoridade dentro de um terreiro. Com

entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia e nunca

desrespeito.

• Lembremo-nos que muitas vezes, durante os finais dos trabalhos, todas as

entidades já sabem que devem deixar o plano e desincorporar. Normalmente

o que segura as entidades nos trabalhos são os próprios médiuns.

Outras vezes faz-se necessário que a(s) entidade(s) fique(m) no terreiro

para terminar de equilibrar o ambiente e os médiuns do trabalho, bem como

os Consulentes que ainda permanecem ali.

• Senhores “Coronéis” (ou que se julgam entendidos!), muito cuidado com a

autoridade para com as entidades e para com os filhos da casa.

• Um bom Dirigente de Terreiro é aquele que detém bom conhecimento

espiritual, é aquele que coloca ordem nos trabalhos e os conduz a um bom

fim, nunca aquele que determina, dá ordens e abusa de sua autoridade.

• Senhores dirigentes: Cuidado ao dar "cargos hierárquicos" dentro de um

terreiro. Umbanda é uma religião simples e deve ser trabalhada desta forma,

sem complicações e sem cargos.

•  Médium “velho de casa” não é direito adquirido para praticar desmandos

dentro do Terreiro como se dono da Casa fosse; Muito pelo contrário, quanto

mais tempo dentro da Casa, maior é a obrigação de servir de exemplo  aos

Consulentes e outros  médiuns da Casa.

•  Apresentar linhas inexistentes no plano astral da Umbanda, como por

exemplo: Boiadeiras ou Marinheiras, somente por querer mostrar que a sua

casa é melhor que as outras.

 

 Achar que boiadeiros, baianos, orientais, cangaceiros e Zé Pilintra (

Kimbanda) fazem parte somente e permanente das fileiras da Umbanda; São

eles espíritos bem recebidos pela Umbanda e que cooperam na medida de

suas capacidades, mas não são integrantes permanentes da Umbanda.

 Homens vestidos como prostitutas ou “Drag Queen” para incorporar

Pombas Giras (não há nem o que comentar!).

 Outro caso inverso, muito interessante, no qual gostaria de declinar é o

seguinte: Alguns Terreiros, nos trabalhos com Exús e Pombas Giras, não

permitem que um médium do sexo masculino venha a incorporar uma

entidade cuja energia é feminina.              

Têm-se um preconceito muito grande com relação a isso, chega-se a falar

que o homem que tem, ou recebe, uma entidade feminina como a Pomba

Gira, é tendencioso ao homossexualismo. Perdoem-nos àqueles que pensam

dessa forma, mas seu pensamento está completamente errado.

O gênero sexual é um consenso do plano físico, não existe gênero no plano

astral e as manifestações de entidades femininas ou masculinas não tendem

a interferir na opção sexual do médium.

Plagiando uma frase que ouviremos: "Então uma médium nunca poderia

receber um Caboclo ou um Exú ou vice-versa".

Esse é um preconceito machista e absolutamente de acordo com o conceito

relacionado à nossa sociedade atual. De forma alguma está relacionado às

raízes da Umbanda.

 Achar que as entidades de exu são seus compadres e amigões, esquecendo

que eles são policias juízes, promotores do astral, comandantes de falanges

e chefes de estado, portanto, espíritos que devem e requerem de nossa

parte muito respeito.

 Permitir que “entidades” peçam o número do telefone dos consulentes ou

coisas semelhantes! Pior ainda, “entidades” que até já marcam para seus

médiuns encontros amorosos, de negócios, baladas, etc.

 Cambonos não praticarem o chamado “segredo do Confessionário”;

 O Cambono, médium de sustentação nunca deve relatar ou comentar,

dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais

fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa.

A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos

envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para

que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a

trabalhadores, provocando desequilíbrios. Os comentários só devem

acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer

dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores e somente

no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos.

As responsabilidades dos Cambonos, médiuns de sustentação são as mesmas

que a dos médiuns ostensivos, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma

dedicação e a mesma responsabilidade.

•  Muitos Médiuns e Consulentes mal informados  e  também mal educados;

Sem a devida autorização  e por  motivos vários, mexem ou tiram até as

flores do Congá. A eles fica o devido conselho registrado neste Ponto

Cantado:

“...Não mexa em coisa sagrada e não se intrometa no que não conhece;

Entrando no templo de Umbanda com todo o respeito faça sua prece ;

Concentre o seu pensamento nas coisas divinas em frente ao Congá; Não

mexa em coisas sagradas, respeite a Umbanda de Pai Oxalá...”




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