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VOCÊ SENTE-SE INVEJOSO?

VOCÊ SENTE-SE INVEJOSO?

O que é?

Dicionário Aurélio: Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem - Desejo

violento de possuir o bem alheio - Objeto de inveja.

Vejamos se o Aurélio está certo...

A inveja é um dos sentimentos que pode causar as maiores dores no ser humano.

Geralmente, quando existe uma estima de algum objeto de desejo, e ainda se

este der status, a inveja se instala. (Diz-se objeto de desejo para coisas não

palpáveis também).

Este gérmen moral, atormentador da criatura, mereceu de Allan Kardec uma

indagação, por considerar necessária uma explicação sobre em quem recairia a

culpa dos sofrimentos morais do homem.

Ele já sabia que os sofrimentos materiais se originam no próprio homem. Através

da pergunta 933 de “O Livro dos Espíritos”,ficou sabendo que a inveja é um dos

vermes roedores, felizes são os que os desconhecem e que quando eles atacam

não há calma nem repouso possível para quem os porta.

São autênticos fantasmas que não dão tréguas e perseguem o homem até nos

sonhos. Levantam o objeto das suas cobiças, do seu ódio, do seu despeito.

O invejoso é aquele que vive ardendo em febre contínua. Desta forma, o homem

passa a criar para si mesmo suplícios voluntários, fazendo com que a Terra seja

um verdadeiro inferno.

É fruto também da comparação com as outras pessoas. Ela não existe sem que

antes o indivíduo não tenha feito comparações. É a auto aversão por não ser

como os outros são!

É preciso, contudo, diferenciar a inveja, da busca do bem-estar. Pode-se dizer

que é errado trabalhar, lutar para se conquistar o objeto de desejo? O desejo pela

conquista do objeto que nos falta, quando feito com humildade e honestidade,

não é inveja!

Se uma pessoa destaca-se em alguma atividade, por mais tola que possa

parecer, o invejoso está pronto para aparecer e apontar o dedo e tentar minimizar

o feito de seu próximo.

Um televisor novo, um tênis da moda, ou até mesmo uma bijuteria bem colocada

em combinação com uma roupa extremamente comum, já se torna motivo para

elogios, nem sempre sinceros.

Surge assim, um sentimento de raiva, de ira, porque geralmente o invejoso sente-

se muito mais merecedor da conquista do que o outro. O invejoso não aguenta ter

outra pessoa invadindo seu território, que em sua lassidão, deixou de ocupar, por

pura incapacidade e ou inércia.

O invejoso é capaz de boicotar, de fofocar de fazer armadilhas, a fim de destruir o

outro. Quer provar, ao menos para si mesmo, que ele é melhor; Mas no seu

íntimo, sente-se menor do que os outros aumenta, se vangloria, enaltece a si

mesmo, pois dessa forma abranda o mal-estar do desequilíbrio.

O invejoso é sempre aquele que fala excessivamente bem das suas próprias

coisas, procurando assim tentar diminuir o outro através de crítica. E não percebe

muitas vezes suas frustrações, é como se nem existissem, porque logo está de

prontidão, pronto para realizar mais um feito de diminuição, descaracterização,

tentando burlar as suas próprias angústias e fracassos.

Geralmente, as mulheres exteriorizam mais a inveja do que os homens. Estes

procuram outras saídas na exteriorização desse sentimento.

Você com certeza já ouviu frases (ou pensamentos) assim vindas do homem (o

que não significa que não venham de uma mulher também):

-"Nossa, que bonito automóvel, gostaria de ter um igual!”.

-"Que trabalho interessante, queria tê-lo feito da mesma forma!”...

Se a surpresa diante de algo, for digna e generosa, não há inveja destrutiva.

Trata-se apenas de um incentivo, um grande estímulo para que nos empenhemos

em adquirir novas virtudes, produzir melhores trabalhos, realizar melhores

conquistas.

Talvez esse processo todo venha da convivência no ambiente familiar, onde

comparações são freqüentes, sem contar com a sociedade, que propaga na mídia

processos comparativo, entre as várias marcas apresentadas.

A melhor solução pode estar na forma de utilizar e de encarar a inveja, que,

visualizada em termos comparativos pessoais de evolução, do antes e depois, do

ontem e do hoje, deixa de ser inveja destrutiva para ser uma inveja de auto

estímulo; Ou seja, o padrão de comparação deixa de ser externo e passa a ser

interno.

Aqueles que sabem fazer o bom uso da inveja utilizam frases assim:

-"Nossa, que bonito automóvel. O meu também me conduz muito bem, antes eu

andava a pé!”.

-"Que trabalho interessante. Eu posso aprender com ele, antes nem sabia como

fazer!”.

O objeto de desejo, só nos dá satisfação, quando a conquista é nossa e não

quando é feita em cima da conquista do outro.

É um gasto inútil de energias, pois, destruir o outro, não fará você chegar aonde o

outro chegou!

Sua personalidade, desejos, características não são iguais as das outras

pessoas, então não adianta usar as demais pessoas como medidas para a vida

que é somente SUA.

Pode-se comparar com a situação do invejoso com a dos planetas e das estrelas.

Estas têm luz própria, enquanto aqueles dependem delas para refletir a luz que

recebem. Por isso é que o amigo é aquele que se sente feliz com a felicidade do

amigo, não o invejoso que tenta roubar a alegria do outro.

Não se resolve a inveja torcendo pela derrota, pela infelicidade do outro; No fundo

ele sofre duplamente: Pelo que o outro tem e pelo que não lhe é dado possuir.

Sendo padrão de nós mesmos, reencontraremos a alegria de ser o que somos, de

ter o que temos de viver como vivemos. Apenas exercitando a auto comparação

conseguiremos chegar à auto aceitação, à realização própria do nosso tamanho.

Constantemente nos deparamos dentro de nossos Terreiros com pessoas

insatisfeitas, o que não deixa de ser normal, mas a insatisfação permanente -

nunca está bom o suficiente - é que gera um sentimento pesado de ser trabalhado

e assimilado;

Nós Umbandistas não podemos deixar de nos pronunciar a respeito, como forma

de tentar ajudar estas pessoas a se entenderem e sentirem que desejos além da

normalidade pode ser inveja.

Ouso dizer, que muitos casos são para o encaminhamento de um extenso

tratamento psicoterápico na medicina tradicional, já que somente os banhos de

descarregos, acender velas, fazer oferendas não conseguirão resolver...

Fora isso, ainda temos que conviver com a disputa entre pessoas em busca do

que nem elas mesmas nem sabem direito o que é; Não podemos negar isso, daí

a necessidade de tomarmos consciência do fato, entendê-lo para poder, quem

sabe, assimilar e buscar uma postura e uma mudança em cima desse sentimento

conhecido como a inveja.

Porque inveja? Porque as pessoas sempre insatisfeitas estão se comparando a

alguém que elas entendem que têm, ou são mais do que elas.

Podemos dizer que ser invejoso é desenvolver um sentimento forte de frustração

e mal-estar, por sentir-se muito inferior do que alguém, por não sermos o que o

outro é e o que ele possuí e vive.

O sentimento de inferioridade que vive a pessoa invejosa gera um desequilíbrio

interior tão grande que o invejoso torna-se uma pessoa falsa, fraca, incapaz,

rancorosa e vingativa (disfarçada) em cima daquele que gera nele este

sentimento.

A pessoa que sofre do mal de inveja, tem bem claro para si mesma que não o é,

esconde de si mesma este sentimento. É normal ver os invejosos se auto

elogiando como forma de sobrepujar aos outros. Quando é exacerbada a crítica, a

maldade, o rancor, a necessidade de falar mal de alguém é certo que se está

sentido inferior a ela, conseqüentemente invejando.

Ser invejoso é ser incapaz de ver o outro bem e não ser igual a ele.

O invejoso sofre sem admitir sua incapacidade, porque o único a ser ferido é ele

mesmo, pela sua frustração, por não sentir-se melhor que o outro e estar sempre

querendo mais e mais, é insatisfação permanente, tentando ser ou imitar alguém.

Sempre é bom entendermos isso, para podermos orientar alguém, ou até através

de nossos Orixás, ajudá-las a superar este sentimento. Cada um tem aquilo que

Zambi nos determinou em nosso caminhar, nada mais ou a menos, algumas

vezes, temos que buscar com mais afinco nosso merecimento, conquistá-lo dia-a-

dia, seja através de nossa postura, trabalho ou até do axé dos Orixás.

Muitas vezes nossos Orixás nos cobram mudanças, objetivando o crescimento

interior para superarmos estes sentimentos inferiores e crescermos como

pessoas, quando entendemos e vivenciamos a aprendizagem somos

abençoados.

Conta-se que um sábio se achava triste, preocupado antes de morrer. Foi ele

indagado pelos alunos sobre a causa daquela situação estranha, tendo em vista

que ele havia sido durante toda a vida, um exemplo de coragem como Salomão e

de justiça como Moisés, de humildade como Francisco de Assis. O sábio

prontamente respondeu: Exatamente. Quando eu me encontrar com DEUS após

a minha morte, sei que Ele não vai me perguntar se eu fui Moisés ou Salomão,

mas se eu fui eu mesmo.

Paz e Luz




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